Quem é a pessoa por trás da Honore Doces Finos
- Luana Barbosa
- 19 de fev. de 2020
- 3 min de leitura
Estou sempre falando dos docinhos, dos eventos, dos cursos... mas poucos sabem sobre a pessoa por trás da Honore Doces Finos.
Meu nome é Luana, sou nascida e criada em Varginha (cidade localizada no sul de Minas Gerais com pouco mais de 123.000 habitantes), até meus 27 anos.
Não lembro desde quando a confeitaria faz parte da minha vida, acredito que desde sempre. Como boa mineira, cresci vendo minha mãe fazer os clássicos doces de tacho como doce de leite, pé de moleque, doce de mamão verde, doce de figo e por ai vai... Por muito tempo não me aventurei a chegar nem perto, ficava observando só de longe aquela trabalheira toda que era fazer doces artesanais. Era sempre para consumo próprio.
A chocolataria me foi apresentada por volta dos 16 anos, na época eu queria começar a ter meu próprio dinheiro, e como minha escola era de tempo integral, eu não conseguiria fazer um estágio sem ter que abrir mãos das aulas vespertinas.
Uma conhecida me convidou para fazer o curso, era desses demonstrativos, 2 horas de aula. Foi o suficiente para despertar a chocolateira/confeiteira que habitava em mim e estava adormecida. Desse momento em diante comecei a pesquisar cada vez mais e fazer o que podia fazer de acordo com as condições que eu tinha (espaço, material e conhecimento).
Comecei a vender bombons na escola, escondida, diga-se de passagem. No começo da semana eu passava uma listinha nas salas de aula com os sabores que teria naquela semana. Os alunos anotavam seu nome, sabor e a quantidade que iria querer. No dia combinado, lá estava eu, as 6:20 da manhã com minhas vasilhas (pesadas) cheias de bombons. Eu ficava na logo na entrada do colégio, e tinha que entregar todos os bombons antes de dar o horário de início das aulas. Não era permitido comércio, qualquer que fosse, dentro do prédio.
Ali eu vi que tinha uma veia empreendedora e uma paixão pelos doces, mas não condições financeiras o suficiente para bancar um curso na área. Por alguns meses deixei os bombons, me formei no ensino médio e ingressei no curso de Ciência e Economia na Universidade Federal de Alfenas, que tem um campus lá em Varginha.
Voltei a vender bombons, na faculdade. Não me lembro exatamente como, mas resolvi montar uma pequena confeitaria, era época de páscoa. As vendas foram um sucesso, em 15 dias já tinha vendido o suficiente para cobrir os custos fixos do mês. O que entrasse, dali em diante, seria lucro e usado para investir em melhorias, não fosse uma sociedade mal feita e desleal. Fechamos.
Depois dessa decepção, decidi que não trabalharia mais com doces e nem com sociedade. Terminei os estudos na faculdade, fiz pós graduação em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas, e fui dar aula no curso técnico de uma faculdade privada na cidade.
Não estava feliz na profissão. Depois de muito pensar, voltei a fazer doces e a divulgar meu trabalho nas redes sociais. Descobri o mercado de casamentos! Que sonho poder fazer parte de sonhos!
Procurei me especializar e conhecer o mercado a fundo. Por 2 anos fiz parte de alguns sonhos e Varginha, mas eu queria mais. Queria poder trabalhar com produtos de grande qualidade, refinar minhas técnicas, coisa que não seria possível se tivesse continuado por lá.
Foi então que, dentre tantas outras coisas que mudaram na minha vida, em 01/10/2017 me mudei para São Paulo. Tive que começar tudo do zero. Conhecia quase ninguém da área de eventos por aqui. Foi tudo na cara e coragem.
Tive que aprender a lidar com a insegurança, medo, falta de dinheiro, a ter jogo de cintura e principalmente força.
Aos pouquinhos fui fazendo parcerias e conhecendo verdadeiros anjos que me ajudaram e ajudam a trilhar meu caminho por aqui.
Ano passado (2019) finalmente tive condições de fazer cursos presenciais e até na Suíça (que me parecia uma possibilidade extremamente distante). A vida é mesmo uma grande surpresa! As metas para 2020 já estão traçadas, confesso que são um tanto quanto ambiciosas. Mas como sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo o trabalho, vamos sonhar grande né, vai que dá certo!
Ainda não cheguei onde queria, mas aos pouquinhos vou caminhando. Tem uma passagem que gosto muito e tenho sempre em mente: “Não é de repente, é aos poucos que as coisas acontecem”, e é muita verdade. Assim seguimos caminhando...

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